sábado, 26 de novembro de 2011

[ NYC ] D01 - Aterrisando e Explorando

Sair do Brasil e entrar nos Estados Unidos é divertido. Mas requer paciência, muita paciência, senso de humor e mais paciência ainda. Após ter feito o meu check in no balcão da Delta no aeroporto de Guarulhos, segui para a fila do embarque. Após adentrar a área dos portões, fui surpreendido por mais uma fila, dessa vez da Polícia Federal.

Caracóis e mais caracóis depois estava liberado. Segui andando e de repente me vi dentro do Free Shop. Isso mesmo, ele não é tipo um estabelecimento com porta que você só entra se tiver curiosidade. Você é OBRIGADO a cruzar ele. Não que eu seja esquerdista ou que vá organizar uma passeata contra o ato, mas achei a atitude extremamente capitalista.

Após cruzar a área de comércio obrigatório sem comprar nada (mas chorando por não ter comprado Kit Kat por 3 dólares o saco) desci para o meu portão de embarque. Meu vôo teria uma conexão em Detroit antes de seguir para Nova York. Antes de embarcar fui surpreendido por um grupo de turistas chineses bebendo uma cerveja. Perdoei, afinal era sexta feira. Desejei uma tequila, mas embarquei querendo.

A tripulação do meu vôo era composta pelas três minorias mais destacadas da sociedade americanas: John, um comissário gordo, de bigode que estava com uma camisa semi-transparente onde era notoriamente visível todo seu mamilo. Justin, um gay careca. E por fim a Jussara, uma negra dessas de meia idade, com uns óculos de gatinha com armação zebrada e uma unha vermelha gigante.

A viagem durou exatas dez horas. Como opções de entretenimento a bordo,além da tripulação que me proporcionou diversas risadas tínhamos amendoins e um mapa que mostrava a rota. Ao longo do percurso e foram exibido três filmes, que ao meu ver continham mensagens subliminarares se analisados na sequência em que foram exibidos. Eram eles:

- Planeta dos Macacos: Que meio que queria dizer, olha lá vocês brasileiros são macacos e a América domina o mundo.
- Pingüins do Papai: Esse foi exibido na hora que decidiram colocar o ar condicionado no zero, só para dizer, tem, certeza que é esse frio mesmo que querem?
- Meia noite em Paris: Por favor, vão embora dos Estados Unidos e partam para a Europa.

Dormi pouco, mas quando peguei no sono mais pesado era hora de descer. Chegar aqui é complicado. Fiquei em uma fila de 40 minutos na imigração. Tenho certeza de que se estivesse em uma fila semelhante no Brasil alguém teria reclamado dizendo “Esse é mesmo o país que vai sediar uma copa do mundo, que desrespeito!”

A distancia entre Detroit e Nova York é semelhante a entre Rio e São Paulo. E o vôo de conexão foi sossegado, tirando o fato de eu estar repleto de crianças ao meu redor. Existia um casal com bebe a cada poltrona e no momento da decolagem TODAS as crianças decidiram chorar ao mesmo tempo. Mas nada que uma Alanis Morrisette no último volume não resolvesse.

Como meu vôo era doméstico, não desci em nenhum aeroporto grandão. Desembarquei no La Guardia. O pouso e desses firulados, onde você consegue visualizar toda ilha de Manhattan da janelinha. Eu estava começando a me emocionar com a visão, quando uma porto-riquenha bateu a janelinha na minha cara, alegando que os raios de sol faziam mal a filha. Faz parte.

Peguei o Airport Bus Service, e em menos de meia hora estava próximo de onde iria ficar. Cheguei, desfiz minhas malas, dei uma descansada. O tempo não está tão frio assim, portanto vesti um casaquinho simples fui dar uma passeada na Times Square. A primeira vista é chocante, um lugar que parece dia em pela noite. Muitas, mas muitas luzes e informações em todos os cantos. Até as estações de metrô possuem letreiros luminosos. E foi de fato, olhando para as luzes de Nova York, que conclui que finalmente um dos meus maiores sonhos tinha de realizado.




E já que embarquei de vez no american dream resolvi fazer o americano e jantar no McDonnalds. Comi o número sete, um sanduíche chamado Angus Mushroom, que consiste basicamente em cogumelos, queijo brie e hambúrguer. Até agora não consigo compreender como McDonnalds Brasil não trouxe essa maravilha para cá.





A noite foi a vez de conhecer a vida noturna do local. Mas como varei a madrugada, isso é assunto apenas para o próximo post...

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