sexta-feira, 25 de novembro de 2011

[ NYC ] D00 - O fim das convenções.

Ok, este é o cápítulo zero do que pode vir a ser um diário de viagem da minha estadia em Nova York. Acho justo começar os relatos do dia em que saí do Brasil, de como fiz minha mala, e de como me preparei de um modo geral. Durante toda a semana lendo guias. E ler guias me fez quebrar algumas convenções fortíssimas que tinha sobre a cidade. Se você não está preparado para descobri-las, não continue lendo, pois acho justo revelar e ver quem vai ficar com a cara no chão ao descobrir que:

1) A cidade de New York NÃO é a capital do estado de New York: Assim como São Paulo é a capital de São Paulo, e Rio de Janeiro e a Capital do Rio de Janeiro, eu tinha uma crua certeza que a cidade de New York era capital do Estado de NY. Tive um pseudo-ataque quando o guia da PubliFolha me informou que a distancia entre Manhattan e a capital do estado: Albany. Demorei uns segundos para digerir a informação de que estou embarcando para uma cidade que é simplesmente uma cidade, não é capital estadual, nem federal.

2) A Times Square se chama Times Square por causa do jornal: Tudo bem, essa eu como radialista, e profissional da área da comunicação deveria ter sacado. Nenhum americano dos séculos passados teriam dado ao lugar o nome de Times Square, só porque transitar por uma possível Praça do Tempo poderia ter uma conotação poética. A Times Square tem esse nome, porque ali ficava o prédio do jornal The New York Times.

3) Automóveis passam DENTRO do Central Park de boa: Eu achava que o parque era dentro da cidade, porém isolado dela... Tipo o Parque do Ibirapuera, aqui em São Paulo, onde a área é dedicada caminhadas, museus, monumentos e verde. Mas não! Existem cerca de três ruas que cruzam o Central Park de Leste a Oeste e onde o tráfego de automóveis é aparentemente liberado durante a semana. Como assim? Imagina você estar se exercitando com suas roupas de ginástica uó e um automóvel com algum condutor despressível passa e buzina Tenso!

Depois desse combo de novas informações sobre a Big Apple, decidi dormir. Por incrível que pareça eu não tive insônia. Pelo contrário, eu tive sono, muito sono. Sono que aliás foi interrompido por amigos ligando e mandando SMS desejando boa viagem. Acordei revoltadíssimo com miha tia-evangélica-que-limpa-a-minha-casa, clamando louvores por não conseguir remontar a cortina da sala.

Saí de casa para trocar dinheiro em espécie, passei novamente pela ponte que desabou aqui por perto nos últimos dias, me me lembrei e agradecer por a única ponte de que terei noticias nos próximos dias é a Brooklyn Bridge. Retornei para casa e dei início ao ato de fazer as malas. Sim, sou desses que faz a mala apenas no dia da viagem e quisá nos ultimos minutos. Adiar é preciso. Recheei a mesma de camisetas, casacos, roupas em geral, produtos de higiene e um chocotone.


Como podem perceber, eu sou desses que acredita na convenção de que dobrar as roupas em rolinho é a forma mais eficiente de otimizar espaço na bagagem. Acabei lotando a mala, mas a fechei com um grande espaço de folga. E espero conseguir traze-la de volta com todas as minhas compras e presentes que incluem desde video-games até agulhas de croche.

Aproveitei para levar também alguns bombons Sonho de Valsa, dizem que por lá não tem. Gostaria de introduzir a gordice brasileira nos lares americanos. Mas sei que isso é uma coisa que requeriria um tempo maior do que essas semanas. Para me empolgar estou escutando o álbum Detonautas Roque Club, do Detonautas. Não é a coisa mais nova iorquina do mundo, mas vou deixar todo o jazz, e todo o indie rock para escutar por lá.

Amanhã conto sobre o voo e as primeiras impressões da cidade. Sem mais, fiquem bem no calor brasileiro....

2 comentários:

Ana Duca disse...

Rôôôô, Boa Viageem!!
aproveita MUITO!
beijos.

Anônimo disse...

Primo boa viagem, aproveita muito, divirta-se, e não esquece as minhas agulhas e os meus livros.... E eu estarei aqui acompahando o diario de bordo, do Rodrigo Silva e Silva!!!!

Bjks