quarta-feira, 4 de abril de 2012

Poesia de paulista


Gente.
Muita gente.
Na trilha dos trilhos dessa gente.
Esse tranporte submerso.
Guiado por impulso de eletrons.
Gente a beça e depressa.
Apertando o passo pra dar tempo.
É nesse que eu vou.
É esse que vai me levar.
Barulho,
barulho,
barulho.
Nossos corpos sempre movidos pelos mesmos impulsos eletricos.
Sem nexo.
Complexo.
Um gesto reflexo do de ontem.
Uma voz eletrizada lembra a proxima parada.
E você não para.
Você não para.
Você não para.
Você não para...
Corre para a escada rolante.
Avante!
Contando cada instante.
Na pulsação do fio metálico.
Metro a metro.
Essa é a artéria do concreto.
Ir e vir.
Só passo aqui de passagem.
Sou passageiro dessa viagem sob o solo.
Gente.
Muita gente na Brigadeiro.
Um verdadeiro Formigueiro.
No mesmo sentido.
Indo pra frente ou ao contrário.
Luz.
São Bento.
Sé.
A porta se abre.
Estou há um minuto da Liberdade.
E a minha Liberdade,
Eu encontro junto contigo,
No Paraíso...

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